(Definição retirada do editorial da revista TPM edição 72, por Fernando Luna.)
Desenhadas ou fotografadas, elas encarnam há um século o ideal feminino de homens carentes, e tiveram em Marylin Monroe seu principal símbolo.
“Oops! Deixei cair a minha calcinha…”, exclama uma linda garota, com uma perna para cima e os seios arrebitados. Sexy, sorridente e bobinha, tal é o estereótipo da pin-up. Uma garota de papel que os esportistas nos vestiários ou os soldados nos quartéis penduram por meio de alfinetes (to pin-up), há mais de um século. Que ela seja desenhada ou fotografada, numa revista ou num calendário, a pin-up não é uma mulher de verdade, e sim uma fantasia: ela é feita para ser devorada com os olhos, e não para casar.
A bela está sempre desnudada, porém raramente nua. Isso porque o gênero
pin-up, também chamado “cheesecake” (bolo de queijo), é fundamentalmente pudico. Os homens permanecem fora do cenário; as partes genitais ficam escondidas e o ato sexual é apenas sugerido, nunca consumido. O que explica o porquê do atual desvalimento da pin-up, considerada como obsoleta nesses tempos de licença sexual: daqui para frente, ela que conheceu sua hora de glória nos anos 1930-1950, nos Estados Unidos e no resto do mundo, está se vendo relegada às páginas especiais da revista “Playboy”, ao calendário da Pirelli e à “página 3″ dos tablóides britânicos.
A pin-up mais célebre do século 20, Marilyn Monroe, contribuiu de maneira considerável para impor o clichê da boneca loira, passiva e inocente, à espera do bem-querer do homem. Contudo, “a pin-up não é um símbolo mais misógino do que qualquer outro no campo artístico”, corrige Maria Buszek, autora do livro “Pin-up Grrrls – Feminism, Sexuality, Popular Culture” (2006) e mestre de conferências no Kansas City Art Institute. “Ela refletiu ao mesmo tempo as atitudes vis-à-vis da sexualidade feminina e as esperanças de mudança”.
pin-up, também chamado “cheesecake” (bolo de queijo), é fundamentalmente pudico. Os homens permanecem fora do cenário; as partes genitais ficam escondidas e o ato sexual é apenas sugerido, nunca consumido. O que explica o porquê do atual desvalimento da pin-up, considerada como obsoleta nesses tempos de licença sexual: daqui para frente, ela que conheceu sua hora de glória nos anos 1930-1950, nos Estados Unidos e no resto do mundo, está se vendo relegada às páginas especiais da revista “Playboy”, ao calendário da Pirelli e à “página 3″ dos tablóides britânicos.
A pin-up mais célebre do século 20, Marilyn Monroe, contribuiu de maneira considerável para impor o clichê da boneca loira, passiva e inocente, à espera do bem-querer do homem. Contudo, “a pin-up não é um símbolo mais misógino do que qualquer outro no campo artístico”, corrige Maria Buszek, autora do livro “Pin-up Grrrls – Feminism, Sexuality, Popular Culture” (2006) e mestre de conferências no Kansas City Art Institute. “Ela refletiu ao mesmo tempo as atitudes vis-à-vis da sexualidade feminina e as esperanças de mudança”.